Na fatídica noite de terça-feira eu contei "x" oportunidades de beija-la, mas não a beijei nenhuma única vez. Fiquei remoendo isso no caminho de volta pra casa, sentindo raiva de mim mesmo. Não era isso tudo o que você queria?
Mas aí me dei conta, como quase sempre acontece, sentado no chão gelado no escuro, de que um beijo não era TUDO o que eu queria.
De nada ia valer pra mim beija-la uma única vez se eu soubesse que nunca mais iria acontecer novamente. De fato a tortura seria imensamente maior, a de nos conectarmos uma única vez e não ter aquela chance outra vez.
No entanto, ainda me incomoda o mistério. Seria o dela um beijo doce como o das fadas? Um beijo ardente como o das deusas? Ou um beijo suave de uma garota insegura que pela primeira vez é beijada por alguém que se importa tanto com ela?
Sentado no escuro com meus demônios, percorrendo minha pele gelados e insensíveis, repassando pela milésima vez todos os meus erros, a pergunta continua surgindo. Como teria sido aquele beijo?
Mas a verdade é que eu não quero descobrir se não puder experimenta-lo sempre que eu quiser, sempre que ela quiser, sempre que NÓS quisermos.
Mais uma noite sem dormir, mas pelo menos a produção literária continua a todo vapor. Dancem sobre e sob minha pele demônios! Dancem e me soprem as palavras profanas que devo cuspir no mundo!
Gordon "Troll" Banks
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