segunda-feira, 3 de agosto de 2009

As Crônicas do Vórtex, parte I: O Prisioneiro.

No meio de um imenso campo de grama verde-azulada, havia um imenso Templo de Ouro. Era uma construção magnífica de arquitetura insondável, tinha mais 20 andares de altura e se estendia em todas as direções, suas imensas muralhas douradas rasgando o cenário. No centro do templo, um grande salão redondo com teto abobadado.
Dentro do salão no Templo de Ouro, se espalharam oito viajantes, figuras distintas e sombrias.

No centro do salão estavam parados três homens, dois jovens idênticos, altos e gordos, vestindo calça jeans e camiseta preta, um deles com um piercing em forma de ferradura no nariz e o outro com uma faixa de tecido escuro por cima do olho direto no lugar de um tapa-olho. O terceiro homem era um velho que aparentava ser um mendigo, magro e barbudo, estava parado próximo aos jovens. Num canto estava parada uma imensa armadura de metal que olhava para os lados com curiosidade e a alguns metros dela, sentado no chão encostado numa parede dourada, um belo elfo de pele azulada, com longos cabelos azuis muito bagunçados e com algumas folhas presas entre os nós.

Um homenzinho calvo de olhar assustado estava escondido nas sombras num canto escuro perto de uma passagem. Próximo da entrada externa estava um homenzarrão enorme, musculoso e de olhar intenso com uma estranha coroa na cabeça, olhava pro céu púrpura do lado de fora do templo. No teto do salão, grudada ao teto, observava e sussurrava uma monstruosa aranha gigante do tamanho de um ônibus "Eu sou o destino, eu sou o destino...”.

O mendigo se aproximou de um dos jovens altos, aquele que tinha o piercing no nariz e que parecia ser o mais dócil.
- Ela está agitada Gordon, o pior pode estar por vir...
- Nós todos reunidos aqui Beggar, já é o pior...

O segundo jovem, idêntico ao primeiro, porém de olhar mais severo e cruel se aproximou dos dois mancando sobre uma perna tosca de madeira.

- Esse fracassado tem razão, ou o templo está ruindo, ou o cavaleiro está tentando se soltar, e ambos seriam péssimos acontecimentos.

O velho estremeceu de apreensão, das costas dele, próximo à escura passagem que levava para as profundezas do templo o homenzinha calvo disse:

- Pra vocês talvez seja algo terrível, mas eu adoraria ver este templo no chão.
- Já eu, adoraria que o cavaleiro se soltasse. – Disse o grandalhão que usava a coroa de aspecto misterioso.

A gigantesca armadura de ferro apenas observava o diálogo, inexpressiva. Seu elmo era fechado com uma estreita fenda para os olhos, mas sem observar muito percebia-se que a armadura estava vazia. Mesmo assim o elmo se movia de um lado pro outro acompanhando o diálogo.

- É tudo sobre equilíbrio... Se o templo ruir, teremos de lutar pela liderança, se o cavaleiro escapar, teremos de lutar por abrigos seguros. - Disse o elfo azul, Tornado Overpower levantando-se do chão e caminhando para o centro do Templo.
- Eu sou o líder óbvio! Ninguém vai tirar isso de mim! - O jovem caolho exclamou exaltado.
- Sou um líder tão óbvio quanto você, já vivi quase tanto tempo quanto você lá fora. – Gordon Banks retrucou.
- O líder óbvio é aquele com maior capacidade de liderança. Eu comando exércitos, sou um general da morte e se o templo ruir, eu serei o líder! - Disse Moon Tyrant, o homem com a coroa.
- Vocês são cães brigando por um osso que ainda está na perna da vaca. – Beggar, o mendigo barbudo concluiu.

A armadura observa, sua face metálica e maciça ainda assim apresentava um ar curioso.

- Eu sou o destino, eu sou o destino... - Ananasi sussurrava colada ao teto, suas compridas e cabeludas pernas tremendo levemente de excitação.

- Ela me dá arrepios. - Slayer, o homenzinho no canto escuro disse para ninguém em particular.
- Tudo lhe dá arrepios seu covarde! - Moon Tyrant urrou e Slayer se encolheu um pouco mais nas sombras.

Da passagem escura próxima de Slayer vieram barulhos de correntes, todos se voltaram para observar quem vinha. Um homem saiu pela passagem, magro, alto, com longos cabelos brancos e olhos amarelos, a pele era escura do sol. Vestia couro preto e desconfortável pelo corpo todo, mas toda a veste tinha aberturas por onde se viam tiras de sua pele. Nos pulsos e tornozelos, correntes com grilhões o prendiam há algum lugar na escuridão.

- Vocês demoraram muito mais do que eu tinha calculado, mas acho que tudo bem já que estão todos finalmente aqui. Vamos começar a brincar. - Disse o Cavaleiro Solitário com um sorriso malicioso no rosto.

A SEGUIR: Medo.

Um comentário:

Unknown disse...

A volta do Vortex! oloc!

 
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