sábado, 8 de agosto de 2009

As Crônicas do Vórtex, parte V: First Blood.

Slayer ainda investia com vontade contra Beggar, o enorme punhal riscando o ar. - "Morra de uma vez velho!" - Ele gemia entre-golpes.

Beggar já esgotara sua paciência, estava decidido a retrucar os golpes à altura. Inclinou-se para trás de maneira teatral, a aparência de um monge-mendigo lhe dando um ar digno e ao mesmo tempo agressivo. Retesou o calejado punho direito até a cintura e manteve o esquerdo estendido com a palma aberta. Ele socou o ar a sua frente com o punho direito.

Para Slayer era incompreensível, ele só podia sentir a dor se espalhar por todo o seu corpo. Era como ser esmagado por uma força incrível.

Beggar socava o ar a sua frente e Slayer continuava gritando. Os golpes do monge eram como uma tempestade de punhos furiosos, cada soco no ar representando algumas centenas de golpes no adversário.

Slayer foi arremessado cinco metros para trás, aparentemente morto, o punhal a seu lado, imóvel.

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Ouviu-se o barulho de correntes, o Cavaleiro fitava o grilhão que o prendia pela perna direita. Sorria maliciosamente enquanto uma força invisível destruía a corrente e ele estava agora mais próximo da liberdade.

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Ananasi tentava ganhar alguma vantagem sobre Golem, mas era visível naquele momento a superioridade do gigante metálico, mesmo frente a um monstro tão poderoso quanto a acromântula. Ela rugia de dor e fúria mescladas, jorrava ácido pelas presas desesperadamente, tentava atingir seu oponente com as poderosas e grossas patas cabeludas, mas nada parecia dar resultado.

Golem continuava socando, num ritmo cada vez mais intenso.

Num vacilo de Ananasi, Golem a segurou pelas presas, as mãos invocando uma força titânica. Ananasi urrou de dor, o desespero de ver a morte de tão perto estava estampado nos nove olhos de tigre do monstro.

O construto forçou tudo que pode, o que era MUITA coisa. A cabeça da adversária foi partida ao meio, dois de seus noves olhos voaram pelo salão e atingiram as paredes douradas do templo.Não contente com a morte de sua adversária, ou talvez inocente demais pra perceber que havi vencido a batalha, o golem ainda socava o corpo sem vida da criatura e lhe arrancava as pernas, que tremiam e chutavam em reflexo pós-mortem.

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Um segundo ruído de correntes. O Cavaleiro se libertara do grilhão que lhe prendia a mão esquerda.

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A rivalidade entre Everton e Gordon era lendária. Os dois se odiavam com todas as forças. Era hora de resolver isso. Estudavam-se, caminhando de frente um pro outro, descrevendo um círculo. A fúria era presente no rosto dos rapazes, a pele avermelhada devido ao fluxo de sangue aumentado.

Everton investiu com impudência, o punho direito erguido no ar.

Gordon se esquivou do soco desajeitado do adversário e se viu numa posição privilegiada, por trás do gêmeo, agarrou-o pelo pescoço numa chave de pescoço.

- Boa noite cara. - Banks disse confiante. O mata-leão era seu golpe invencível, e por mais que Everton o golpeasse com os cotovelos e lhe chutasse as canelas, Gordon não soltou até que o oponente caísse no chão desmaiado. Quem sabe até, sem vida?

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O som de correntes pela terceira vez. O Cavaleiro chutava para longe as correntes da perna esquerda, agora, preso somente pelo pulso direito, ele aguardava ansioso o resultado da última batalha.

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Tornado se afastou lentamente do chão, lufadas de vento o acompanhavam. Os olhos brancos fixos em Moon Tyrant.

Moon Tyrant não deixava por menos, imitava cada passo do adversário. Afastou-se do chão, atingindo uma certa altura, uma energia dourada lhe envolvia o corpo agora, os olhos bicolores fixos em Tornado.

- Você ainda pode desistir Moon Tyrant. - Tornado disse, sua voz agora era poderosa e parecia vinda de longe, trazida pelo vento.

- Eu nunca desisto Tornado, se a lua é minha, sua carcaça também será. - Ele respondeu desafiador.

- Quem assim seja. - Tornado finalizou o diálogo.

Moon Tyrant sorriu.

Os dois se arremessaram um contra o outro ao mesmo tempo, os punhos preparados. O poder era quase visível dentro do templo.

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O Cavaleiro ria alto agora, triunfante. - "Hahahahahahahahahahaha!”.

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A SEGUIR: Colisão.

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