quinta-feira, 6 de setembro de 2007

O Inverno dos Pets Idosos

Muita gente fala de amor por aí...muita bobagem, veja bem...amor à primeira vista...amor de mãe...amor platônico...amor de pica...tudo besteira. Pode parecer meio cínico demais da minha parte dizer isso...afinal, amo minha mãe e sei que ela me ama...mas pense em todos os casos de filhos que matam mães e mães que matam filhos...são excessões da regra? Claramente...mas isso prova que o tal "amor" não é uma coisa infalível se pode até descambar pro assassinato vez ou outra.
Bom, onde eu quero chegar é o seguinte, amor é uma flor roxa que brota no coração dos trouxas...mas se temos MESMO que fazer uma escala para o amor, que o mais puro e cristalino, no topo da lista seja o amor que um dono sente por seu animal de estimação (daqui em diante referido como "pet") e vice-versa, porque provavelmente o amor do humano pelo animal não fosse tão puro se o animal não retrubuísse (muitas vezes em dobro).
Tenho dois pets em casa, um cachorro e um gerbil...meu cachorro tem 12 anos, meu gerbil tem quase 4...idades avançadas pra maioria dos cães e gerbils por aí...me pego pensando muito sobre os dois nos últimos meses, uma nuvem de angústia paira sobre mim quase o tempo todo, por medo de que a hora dos meus mais fieis e leais amigos chegue em breve....
Chego a chorar às vezes só de pensar em como será (veja bem, "será" não há como negar que a hora vá chegar) minha vida sem essas duas criaturas maravilhosas e peludas. Aí você me chama de fútil por estar preocupado com algo tão frívolo enquanto milhares morrem de fome na áfrica e nas enchentes da indo-china...eu me sinto mal por aquelas pessoas também, sério, sempre que posso ofereço uma prece aos mais necessitados...mas um animal é uma criatura sagrada pra mim, inocentes, puros, sinceros e por maiores e mais selvagens que sejam, ainda assim o ser humano consegue torna-los todos indefesos...
Quando penso nas atrocidades que um ser humano é capaz de cometer por dinheiro a chega me dar nojo de fazer parte da raça humana....armadilhas pra urso, rifles pra caçar elefante, veneno pra matar barata, ratoeira...instrumentos de tortura medieval em muitos casos adaptados pro uso doméstico e assassinato de criaturas que nem mesmo sabem o que está acontecendo, só tentam levar suas vidas da maneira simples como seus pais levaram, como o instinto os ensina a levar...
Existe muito a ser dito sobre a atual situação de muitos animais no mundo, mas nada seria o bastante pra mudar algo, o ser humano é podre assim mesmo, e vai continuar matando tudo em que conseguir colocar as mãos...parece meio óbvio tudo o que eu disse aqui, e na verdade é mesmo, estou batendo na mesma tecla que muita gente já bateu antes de mim...mas me REVOLTA, de verdade...acho que no final foi só um desabafo, estou com medo do futuro, sempre tive medo do futuro...e meu futuro sem meus pets, parece ainda mais escuro e TENEBROSO...

Um comentário:

Morango com Tequila disse...

Pois é, meu querido colega...vc falou da história dos teus pets e achei completamente coerente...afinal de contas, ele se tornam da família. Lá na casa dos meus pais temos a Dolly, uma vira-latinha fofa de 9 anos...é o xodó de todos. Eu, mesmo casada a considero minha cachorra tb e amo de paixão.
No último cio da Dolly, que nunca havia cruzado na vida, ela fugiu e sem querer cruzou. Ela engravidou...eu fiquei desesperada vendo que nessa idade poderia ser fatal. Procurei um veterinário e ele a examinou, dizendo que estava aparentemente bem, mas que se ela não conseguisse ter o bebê ia ter de fazer uma cesária. Na semana que deu 63 dias (hora de nascer). Voltamos ao Dr. Gustavo e ele disse q antes de fazer a cirurgia poderíamos tentar a injeção pra ela dilatar e ter normalmente. Acontesse que ela não conseguiu...ficou deitada o tempo todo, não comia, estava muito triste. Eu sentei do lado dela e chorei muito e uma cena me comoveu mais ainda...ela ficou desesperada me vendo triste e chorando e veio até mim, lambeu minha mão e se deitou com todo esforço no meu colo. Eu quase morri!
Ela teve de fazer cesária, era só um filhote, que nasceu praticamente morto e o veterinário fez massagem e ele sobreviveu. A Dolly teve de arrancar tudo, pq parte do útero estava podre.
Mas hoje ela e o bebê estão bem...o Moleke, tem 34 dias, é uma fofura e a Dolly ama ele!
Bjossss

http://cotidianoativobyfer.blogspot.com/

 
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